Titulo: Dez coisas que nós fizemos (e provavelmente não deveríamos)
Autora: Sarah Mlynowski
Páginas: 336
Editora: Galera Record
Livro no Skoob
Classificação: ★★★★★
Se tivesse a oportunidade, que adolescente de 16 anos não mergulharia de cabeça na chance de ir morar com um amigo e viver sem os pais? Nesta engraçadíssima história, Sarah Mlynowski investiga o coração e a mente de uma garota que está, pela primeira vez, por conta própria. Para chegar ao fim do ano, ela precisará fazer malabarismos com um triângulo amoroso, aprender a lavar roupa e aceitar que seu mundinho pode estar prestes a ser detonado… por cada coisa que não deveria ter feito.
Engraçado, bem escrito e com personagens bem desenvolvidos Dez coisas que nós fizemos (e provavelmente não deveríamos) é um livro para se apaixonar e ler em poucas horas. Sarah Mlynowski conseguiu criar uma historia sem pontas soltas, e cada acontecimento, por mais absurdo que parecesse de inicio, foi tão bem escrito que você não contesta.
O livro tem um monte de flashbacks, e de inicio eles podem parecer um pouco desnecessário e irritantes, mas é só no inicio. Depois você pega o ritmo da leitura e começa a entender a importância deles para compreender os sentimentos da April, principalmente ressentimento em relação a sua mãe.
Sarah sabe introduzir o leitor ao universo adolescente, relatou todos os acontecimentos e inseguranças dessa fase da vida muito bem, de forma exponente e sempre divertida. Cada capitulo me arrancou diversas risadas, em certos momentos tinha que parar a leitura para rir, pois parecia que estava presenciando aquela cena.
Dez coisas que nós fizemos (e provavelmente não deveríamos) é uma leitura para divertir, voltada para o publico adolescente e para aqueles que gostam desse tipo de leitura, é uma comedia romântica o livro que te faz rir, não deixa de abordar temas sérios mas não torna a leitura dos mesmos chata e pesada.
O livro é narrado em primeira pessoa pela April e ela é uma personagem bem divertida, então a narração ser em primeira pessoa não foi uma coisa chata. Há exatamente dez capítulos, um para cada coisa que April e seus amigos fizeram, e que, provavelmente, não deveriam ter feito. Mas pra que os capítulos não fiquem imensos, Sarah dividiu cada um desses 10 capítulos em subcapítulos, o que deixou a leitura bem mais prática, fácil e divertida.
A Galera Record esta de parabéns pela diagramação e revisão do livro. Geralmente não gosto de capas com rosto de pessoas, acho que elas tiram um pouco da magia do livro, porem essa, foi feita para ele, é uma combinação perfeita.
Leia o primeiro capitulo
Titulo:Memórias Fictícias
Autora: Carina Corá
Páginas: 208
Editora: Novo Século
Classificação: ★★★★
"Tenho de ser sincera com você, contarei-lhe os meus detalhes mais vergonhosos, é a única maneira de curar-me."
Quatro diários. Três seres. Uma busca em comum: chegar à superfície da realidade. Uma torre, um lago de cristal, olhos de universo presentes em tempos diversos, em vidas cruzadas e em memórias fictícias. Um mundo imaginário perdido no limbo de uma casa que abrigara relações misteriosas de uma família. Até que ponto suas memórias são verdadeiras? Através dos relatos de Coralina de Lilá, Bianca Giacomina e Érus atravessamos o fino limiar entre realidade e ficção.
A leitura de Memórias Fictícias foi no minimo surreal. De inicio não me senti muito presa a historia, mas aos poucos ela foi me conquistando e em certos momentos me deixou sem folego. É um livro curto mas que deve ser lido aos pucos, é uma leitura que você tem que parar para digerir cada capitulo, para repensar ele e em alguns casos até reler.
Memórias fictícias é narrado por três personagens, Coralina, Bianca Giacomina e Érus. Coralina é uma adolescente comum que não se conforma com a decisão da mãe de se mudar para a casa de Bianca, uma senhora bastante misteriosa e que parece não gostar de Coralina. Érus é o misterioso ser que Coralina encontra na torre.
Uma historia entre magia e realidade, que te faz a todo se perguntar o que realmente é real na historia.
O livro é dividido em quatro diários o primeiro narrado por Coralina, e devo dizer que fiquei um pouco confusa com a leitura dele, pois ela somente nos da as introduções aos acontecimentos O segundo e o terceiro são narrados por Bianca Giacomina e são neles que comecei realmente a me prender ao livro e entender o que realmente estava acontecendo, e o ultimo diário é narrado por Érus, que fecha com chave de ouro e interliga as pontas que estavam faltando.
A narração ser feita por três personagens é o que realmente nos permite entender completamente a historia, vendo a visão de cada um e ligando os fatos. E foi o que eu mais gostei, ver detalhes contado na visão de cada um.

Ler esse livro é mergulhar completamente nesse mundo paralelo, é ultrapassar os limites da física É mergulhar em segredos, lembranças e fantasias. Quando cheguei ao final do livro, já tinha sido absorvida completamente e queria mais, entendo porque foi tão difícil para Coralina sair do mundo de fantasia e voltar para a realidade. É um livro excelente, uma ideia maravilhosa que foi muito bem escrita.
Não tenho medo algum de recomenda-lo, só deixo um aviso, é um livro complexo, leia ele com paciência e esteja preparado para ser absorvido por essas memorias.
Titulo: Destrua-me
Autora: Tahereh Mafi
Paginas: 99
Editora: Novo Conceito
Classificação: ★★★★
Destrua-me é um conto da série Estilhaça-me que conta um pouco da história pela visão do vilão Warner. A história começa logo após o final do 1º livro, sendo assim, contém spoilers.
Estilhaça-me foi um dos melhores livros que li ano passado, minha primeira experiencia com uma distopia. Como vocês podem conferir na minha resenha dele eu fiquei encantada com a narrativa da Tahereh Mafi, ela é estranha e única.
Warner é um personagem pelo qual você não consegue ter sentimentos fracos, ou você ama, ou odeia, não tem meio termo, e a ideia da autora de escrever esse conto com um pouco da historia pela visão dele é ótima pois com isso da para entender um pouco mais esse personagem, que acima de tudo é cheio de segredos.
Nesse conto conseguimos ver um Warner mais humano, porem não por isso mais bondoso, conseguimos entender algumas atitudes dele e sentir até pena dele por tudo que já passou. Até esse conto eu tinha um ódio imenso pelo personagem, mas depois passei a compreende-lo e acho que vou acabar amando ele até o final da serie. rs
“Não consigo parar de ler seu diário.
Meu coração sofre, de certo modo, mas não consigo deixar de virar as páginas. Sinto como se estivesse batendo num muro invisível, como se meu rosto estivesse envolto em plástico e eu não pudesse respirar, não pudesse ver, nem ouvir qualquer som a não ser as batidas do meu próprio coração pulsando nos meus ouvidos.”
A escrita da Tahereh Mafi se mantem igual, envolvente, marcante e como já disse anteriormente: Unica. Destrua-me é uma leitura indispensável para quem leu Estilhaça-me.